Temas da Cultura
Iluminismo
O século XVIII é, por excelência, na Europa, o «século das Luzes». Como movimento cultural, o iluminismo expressava uma nova forma de conceber o ser humano, conferindo um inegável valor às faculdades intelectuais do homem. Mais do que uma filosofia, o iluminismo constituía uma mentalidade, uma concepção unitária do mundo e da vida, cujo aspecto fundamental se traduzia numa fé extraordinária nas forças da razão, que seria capaz de resolver definitivamente os problemas da vida, da ciência e do homem. Políticos, diplomatas, homens de letras e cientistas deixaram-se, então, dominar por uma filosofia que exaltava a razão subjectiva e crítica como expressão de um novo humanismo. Dá-se, assim, aquilo que alguns autores designam como «crise de consciência europeia». Deveria, pois, cultivar-se tudo o que esclarecesse o homem e lhe desse consciência do seu mundo. A razão crítica seria a principal responsável pela condução do espírito em direcção às grandes verdades, que fariam do homem um ser autónomo, pensante e actuante.
A fé na ciência, isto é, o «cientifismo» constituiu um dos aspectos essenciais do movimento. A ciência teve, aliás, um papel de relevo no movimento filosófico do «Século das Luzes», assumindo-se como um agente poderoso de progresso social pelo facto de permitir uma melhoria considerável das condições de vida do homem. Os progressos científicos verificados ficaram, incontestavelmente, a dever-se a uma confiança quase ilimitada nas possibilidades infinitas da inteligência humana.
Segundo os filósofos iluministas, o homem vivera, até então, na obscuridade, nas trevas. Seria, portanto, necessário libertá-lo, iluminando-o, de forma a que pudesse ainda desfrutar das vantagens do progresso. A difusão do iluminismo criava, inclusivamente, uma fé imensa no progresso de toda a humanidade.
Essa difusão partiu, essencialmente, das cidades com fortes relações comerciais, tais como Amsterdão, Londres ou Hamburgo. No entanto, o iluminismo não se desenvolveu da mesma forma em cada um dos países que por ele foram atingidos. Assumindo formas variadas consoante os cenários em que se desenvolveu, a doutrina das Luzes impôs-se em Portugal, já um pouco tarde, no quadro político do despotismo régio.
Foi no reinado de D.José I que, sobretudo através de influências francesas, italianas e inglesas, o nosso país foi atingido pelo espírito das Luzes, que surgiu vinculado ao iluminismo italiano, com marcas dominantes de reformismo e de pedagogismo.
As Luzes serviram, deste modo, para fundamentar a política régia de que o Marquês de Pombal foi o símbolo. O iluminismo conferia ao poder real o apoio doutrinário para que essa autoridade se exercesse sem limitações. As leis deveriam cumprir-se porque tal era desígnio do soberano, o que conduzia a um enorme respeito devido ao rei por todos os estratos sociais da nação.
O Marquês de Pombal depressa se apercebeu dos riscos que poderiam advir da livre circulação de correntes opostas ao despotismo iluminado. O perigo resultava, sobretudo, da entrada de obras estrangeiras em que se defendiam princípios opostos aos da actuação pombalina. Foi por esta razão que acabou, então, por se criar a Real Mesa Censória.
O iluminismo pombalino constituiu, portanto, uma filosofia de acção, servindo a doutrina para fortalecer o poder real, pelo que o Estado se considerava no direito de intervir em todos os sectores da vida nacional.
O século XVIII é, por excelência, na Europa, o «século das Luzes». Como movimento cultural, o iluminismo expressava uma nova forma de conceber o ser humano, conferindo um inegável valor às faculdades intelectuais do homem. Mais do que uma filosofia, o iluminismo constituía uma mentalidade, uma concepção unitária do mundo e da vida, cujo aspecto fundamental se traduzia numa fé extraordinária nas forças da razão, que seria capaz de resolver definitivamente os problemas da vida, da ciência e do homem. Políticos, diplomatas, homens de letras e cientistas deixaram-se, então, dominar por uma filosofia que exaltava a razão subjectiva e crítica como expressão de um novo humanismo. Dá-se, assim, aquilo que alguns autores designam como «crise de consciência europeia». Deveria, pois, cultivar-se tudo o que esclarecesse o homem e lhe desse consciência do seu mundo. A razão crítica seria a principal responsável pela condução do espírito em direcção às grandes verdades, que fariam do homem um ser autónomo, pensante e actuante.
A fé na ciência, isto é, o «cientifismo» constituiu um dos aspectos essenciais do movimento. A ciência teve, aliás, um papel de relevo no movimento filosófico do «Século das Luzes», assumindo-se como um agente poderoso de progresso social pelo facto de permitir uma melhoria considerável das condições de vida do homem. Os progressos científicos verificados ficaram, incontestavelmente, a dever-se a uma confiança quase ilimitada nas possibilidades infinitas da inteligência humana.
Segundo os filósofos iluministas, o homem vivera, até então, na obscuridade, nas trevas. Seria, portanto, necessário libertá-lo, iluminando-o, de forma a que pudesse ainda desfrutar das vantagens do progresso. A difusão do iluminismo criava, inclusivamente, uma fé imensa no progresso de toda a humanidade.
Essa difusão partiu, essencialmente, das cidades com fortes relações comerciais, tais como Amsterdão, Londres ou Hamburgo. No entanto, o iluminismo não se desenvolveu da mesma forma em cada um dos países que por ele foram atingidos. Assumindo formas variadas consoante os cenários em que se desenvolveu, a doutrina das Luzes impôs-se em Portugal, já um pouco tarde, no quadro político do despotismo régio.
Foi no reinado de D.José I que, sobretudo através de influências francesas, italianas e inglesas, o nosso país foi atingido pelo espírito das Luzes, que surgiu vinculado ao iluminismo italiano, com marcas dominantes de reformismo e de pedagogismo.
As Luzes serviram, deste modo, para fundamentar a política régia de que o Marquês de Pombal foi o símbolo. O iluminismo conferia ao poder real o apoio doutrinário para que essa autoridade se exercesse sem limitações. As leis deveriam cumprir-se porque tal era desígnio do soberano, o que conduzia a um enorme respeito devido ao rei por todos os estratos sociais da nação.
O Marquês de Pombal depressa se apercebeu dos riscos que poderiam advir da livre circulação de correntes opostas ao despotismo iluminado. O perigo resultava, sobretudo, da entrada de obras estrangeiras em que se defendiam princípios opostos aos da actuação pombalina. Foi por esta razão que acabou, então, por se criar a Real Mesa Censória.
O iluminismo pombalino constituiu, portanto, uma filosofia de acção, servindo a doutrina para fortalecer o poder real, pelo que o Estado se considerava no direito de intervir em todos os sectores da vida nacional.
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